O Banco da Praça

Com o banco da praça sonhei,
sonhei em encontrar meu amor...
Ali, sentada, destacada pelos raios de sol
e cabelos longos jogados ao vento...

Do banco da praça te vi passar,
lembro-me do tempo parando
e tudo ao seu redor paralisou...
menos você. Meus olhos acompanharam teu andar.

No banco da praça a vi descansar,
não me contive, pedi licença para assentar.
Você sorriu, concedeu-me espaço,
agradeci não só a ti, também ao destino pela oportunidade única.

Do banco da praça te vi partir,
o anoitecer te levou para longe de mim.
E na esperança de um possível "déja vu" no dia seguinte, fui embora sorrindo...

No banco da praça te esperei,
tua presença não se fez real.
Passaram-se as horas, dias e meses...
não a encontrei mais.

Do banco da praça vi o inverno chegar,
encolhido no frio, esperava ter alguém para abraçar.
Imaginava que seria você.
Mas dessa vez não será...

No banco da praça chorei tua saudade.
Vi minha esperança ser varida pelo vento,
o mesmo maldito vento, que ajudou a te levar daqui
para nunca mais voltar...

O banco da praça deixei de frequentar